Startups na fisioterapia: risco ou oportunidade?

2018-11-06

Na área de saúde não é diferente, as máquinas auxiliam e agilizam as ações dos profissionais de saúde. Talvez no campo diagnóstico estejam as maiores evoluções, sobretudo com o advento da inteligência artificial “A.I. artificial intelligence”, que uma vez sendo alimentada de informações, amplia seu banco de dados e passa a operar de forma independente, a exemplo do Watson da IBM.

Diante disso teríamos um risco de extinção de alguns empregos? Talvez sim, mas na área da fisioterapia acredito que estamos frente a oportunidades de empreender.

Na esteira das startups, o/a fisioterapeuta tem mudado seu perfil assistencial para o de empreendedor, em sua maioria pautado na tecnologia, seja para avaliações funcionais, medições, auxílio de mobilidade, fortalecimento muscular e outros.

Na área da fisioterapia esse auxílio não é novidade, pois há muito se utilizam equipamentos com essa finalidade. Podemos destacar os testes funcionais puros já substituídos por equipamentos digitais em suas medições, bem como a confecção de palmilhas cada vez mais específicas, reflexo das avaliações mais precisas e minuciosas. 

Mas e os riscos ainda existem? Em análise mais ampla, num espectro jurídico existem e não são poucos. A diferença se dá em razão de o empregado temer por seu emprego e o empreendedor recear pelo seu negócio, melhor dizendo sua vida e seu futuro. 

Assim sendo, algumas medidas devem ser tomadas logo de início. Se possível que sejam incluídas já no plano de negócios a partir de um contrato preliminar que irá conter, as relações com as mentorias da área do empreendimento, relação entre os sócios, investidores, captadores, técnicos e desenvolvedores, representantes, reprodutibilidade e escalabilidade da operação, licenciamento de produtos, royalties, modelo de franquias, fusões, cisões, incorporações e até a possível  venda da empresa, sempre suportadas por uma assessoria jurídica especializada.

Alguns pontos não podem ser esquecidos acerca da preservação do negócio, como por exemplo as cláusulas de não competição, não concorrência e o termo de confidencialidade (NDA - non disclosure agreement) são fundamentais, entre outras disposições. Tais medidas visam proteger o negócio, o investimento e tempo já dispendido além de, por vezes, protegerem dos próprios sócios.

Por fim, a tecnologia tem grande impacto na sociedade, nas formas de trabalho e ganho de conhecimento, todo esse panorama favorece o empreendedorismo para aqueles que ousam realizar algo novo. Riscos existem, mas as oportunidades também, cumpre ao empreendedor ser responsável e minimizar a possível queda do seu negócio. Não basta apenas vontade, mas sim planejamento e proteção jurídica para o sucesso da empreitada. 

Boa sorte aos fisios e bons negócios!

 

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Raul Petrilli Leme de Campos
 

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